Sobre Loucos

"Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura"

sábado, 6 de novembro de 2010

Meu sonho


EU


Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sanguenta na mão?
Porque brilham teus olhos ardentes     
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?


Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso....
E galopas do vale através...
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?


Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?...
Tu escutas.... Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?


Cavaleiro, quem és? — que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?


O FANTASMA


Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!...

                                               [ Alvares de azevedo]

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Saudade

Capone

Hoje meu cachorro morreu, em seu lugar ficou o vazio.
 Só para registro seu nome de batismo era Al-capone, para os íntimos simplesmente capone e só de pensar no não eu fico triste, pois não mais o verei vivido como antes, apenas morto em imagens estáticas, que não passam nem um terço do que ele era ou significava... significa, não mais o verei se esfregando-se na parede, não mais ele se esgueirara atrás de mim para fugir a menor das minhas distrações, não mais o chamarei e serei atendido, não mais me fará companhia, não,não , droga de não.
Ele se foi e já começo a sentir falta dele pela amanhã, pois quando chegar de madrugada não mais ouvirei seus latidos desconfiados, seguido de uma alegria imensa para me receber, não mais o verei brincar como uma criança pra cima e escada a baixo com uma garrafa pet qualquer, no sábado quando comprar o pão fresco ele não estará para me seguir e pedir a parte dele educadamente, não mas tentara morder meus calcanhares em uma brincadeira, que na concepção dele o objetivo era impedir minha saída, não de novo não, chega de nãos negativos.
Era um animal magnífico, com um instinto de caça apurado, como guardião nem Cérbero poderia superá-lo, rápido, intrépido, admirável,quantos ratos,coelhos, sarues e frangos ele abateu nunca parei para contar, talvez a vizinha saiba sobre os frangos e os coelhos, mais era certo que se cruzasse o nosso quintal ele não deixava barato e expunha com orgulho a sua nova vitima.
De fato ele é insubstituível e vou lembrar dele para sempre, seja por suas gracinhas, pela suas brincadeiras, pelo seu medo patológico de bombinhas e rojões, acho que ele odiou todos os natais e anos novos, mais era alegre  e imponente, leal como todo cão deve ser, tinha uma educação primorosa, gostava de estar rodeado pela família, que agora ficou menor sem a presença dele.
E por tudo isso nossa família no geral, não vai deixar de ama-lo e te-lo no coração, por fim eis um “não” que valeu a pena ser dito.(JSJ)    14/09/09